OU QUANTIFICAÇÃO DO FANATISMO INICIÁTICO
Que importa o tempo já passado, se as marcas se apagaram e
as memórias esqueceram os caminhos por onde andamos? E até as amizades que não foram
não as há?
Mas olhar lá fora sem lamentar o presente custa um pouco, e até
rumina um mal estar não se sabe bem onde.
Uma dor sem doer e um talvez remorso ingênito cobrador de
obras que não realizamos e coisas que não fizemos doem.
O momento solene de respirar o hálito que leva para dentro
de nós o prana vivo que nos mantém, traz também lembranças longínquas à nossa
mente.
Fossem boas lembranças, mas como boas lembranças, se poucas
vezes festejamos à alegria?
Não que o sentimento sóbrio e taciturno não possa ser
amoroso e de boa memória, mas porque talvez também até esse sentimento tivesse
faltado.
Realmente a mente como ensinou o Senhor Buda é Implacável. “O
que pensamos é o que somos. E o que sentimos é o que atraímos.”
Resumo da lógica primária: a natureza não dá saltos nem faz
milagres. E vale para todas as crenças, regras disciplinares e iniciações...
Há quem pense dar saltos quânticos para além do sistema
solar, mas só fazem rir quem vontade tenha de rir e chorar quem vontade tenha
de chorar.
Mas há esperança de porto e salvamente no aqui e agora, e
até o sofrimento vai embora quando se desfaz o caminho mágico, pois nada ainda
está pronto e a alegria e o contentamento seja o fazer.
Mas, todavia, contudo e, porém se eternas eras tal como nos
ensinam os Divinos Profetas teremos ainda de caminhar em jornadas de milhões de
anos, quando sutilizados os corpos a tal ponto que este de agora nos pareça de
pedra e aquele futuro invisível a olho nu e impalpável ao atual tato, o que
estaria então já pronto?
Nenhum comentário:
Postar um comentário