Ao
atingir o estágio de ser ele mesmo, a independência individual para a qual foi
construído o seu ego, obrigatoriamente, em certos momentos o homem terá de ficar
sozinho consigo mesmo, na razão também de não existirem dos homens iguais... E
para quem não tem o devido entendimento do assunto há de imaginar que o
desperto – sim, é Desperto aquele que chega a esse estado – vive numa ilha de
solidão, mas não é verdade.
Ao
contrário, na mesma razão e medida da sua individualidade a renascer, suas
conexões como o universo e naturalmente com o meio se tornam mais vivas e
claras; e é por isso que um Desperto nunca está sozinho.
Todavia,
nessa construção do Desperto, embora o estado de consciência de cada um de nós
tenha muitas fórmulas e escolas, a sentença de Delfos: “homem, conhece-te a ti
mesmo” cada dia que passa é mais um dia acrescentado a sua eternidade.
E
o conhecer a si mesmo é mesmo o conhecer a si mesmo a partir da compreensão de
“quem somos de onde viemos e para onde vamos”.
Em
todas as mídias, desde a mais arcaica até a mais moderna nos dias de hoje, nos
dizem que somos feitos à imagem e semelhança do criador.
Pois
bem, então vamos perguntar: quem é o nosso criador? Deus! Respondem
imediatamente, mas se lhe perguntarmos quem é Deus, as respostas são tão
absurdas quanto esdrúxulas.
Depois
que as religiões – essas entidades encarregadas de responder a origem de Deus –
inventaram o mistério, em seu nome não se responde mais nada, nem precisa, a fé
cega não carece de respostas.
O Desperto, ao contrário faz todas as perguntas e vai atrás das respostas
ignorando a fé cega, tanto quanto a ignorância que ela esconde.
E
tem como recompensa todas as garantias da natureza, que se desvela ao seu olhar
atento, sem as vendas dogmáticas.
Mas
a pesquisa iniciada por si mesmo mergulha no mais simples e primário estágio, que diz respeito material ao seu próprio corpo, por onde realmente deve começar.
Ciente
dos três reinos anteriores perfeitamente harmonizados em si, desde a menor
partícula aos órgãos e ao seu conjunto corpo, que vai “animado,” na mesma razão em que “desanima”
e tomba.
Algo
cessou, nesse momento. A vida? Mas afinal o que é a vida? Existem várias
teorias de que essa vida, além de si mesma depende do ar.
Outros
ensinam que não é bem o ar, mas algo mais sutil que ele transporta e seria,
poeticamente falando, a essência da vida.
Os
hindus, senhores de uma ciência esplendorosa chamam esse hálito de Prana,
emanado pelo Sol.
Já
neste ponto, o futuro desperto, que inicia o conhecer a si mesmo, começa a perceber
algo estranho que a fé cega não ensina e joga na conta do mistério.
Mas
ele já tem certeza que é mais que o corpo; sabe, por exemplo, que um outro
corpo vital anima esse que tomba, antes de tombar.
E
ele, não sente? Tem sensações, desde as mais primárias aos mais sutis
sentimentos?
E
como ele percebe estas sensações de sentimentos diferentes se não através de um
processo analítico, mental?
O
futuro desperto começa a diferenciar os seus veículos que já são agora quatro.
Fisco, Vital, Emocional e Mental!
Neste
momento bate uma onde de humildade, pois ele só se deu conta destas diferenças,
mas, quem as engendrou?
Estas
formações individuais, tanto para o desperto quanto para o inocente são base
desse homem estranho e ainda rude, mas muito bem assentado na sua “casa”
terrena.
Esta
é, pois a sua plataforma quaternária do homem terreno, através da qual e unicamente
por ela poderá ascender ao homem celeste...
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