Bandeiras
tremulam ao vento agitadas, tremem nas mãos voluptuosas! Mostram em que vão
engajadas fingindo, mentindo, gulosas!
Os sem isto e
aquilo, sem lei, pátria, sem eira nem beira e mais nada, sem identidade e de a
cara encoberta, mentirosa.
E eles são
tantos tão iguais! Não têm direito nem vez, mudos nem direito à palavra, calados
de emoção, razão, vão sem pão, rosto, identificação e sem nada!
Os daqui, dali,
ao vento, ao léu, que a qualquer preço querem comprar e vender e até tomar de arma
na mão!
E eles são
tantos, à margem de qualquer estrada! Sem isto, aquilo de cara mirrada, mãos
trêmulas, descalços, sem nada! Tantos, meu Deus sem pátria, identidade e nação!
São tantos! Meu Deus! E para onde vão esses pobres guiados por cegos e de saber
anão?
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