Entusiasmado, ensimesmado como se estivesse sonhando um elo enredo metafísico, ponho-me a imaginar encontrar-me de repente num ambiente místico, talvez no interior de uma gruta ou até no santuário de um templo, quando solenemente ouço alguém anunciar: - Eis que se apresenta para a grande luta, o Cavaleiro da Ordem do Santo Graal, acompanhado pelo também Armado Cavaleiro na Secreta Ordem do Rei do Mundo – Melk-Tsedek – ao lado de suas Damas!
E
assim depois de identificados e após apresentarem as suas credenciais na forma
do rito formal, revelassem ao mundo a boa nova de sua missão, aquela que (a
cada instante tudo renova) segundo o dissera alhures, o poeta!
Mas quando e por onde andariam esses magníficos personagens?
Em que terra ou em que mar, que fosse até no ar voando além do sonho?
De
repente, diante da atual descriminação que separa as pessoas pela cor, sexo,
condição social, etc., de qual raça eles seriam? Negra, branca, amarela ou de
suas derivadas? Certamente não haveriam de ser indiferentes aos malfeitores dos
homens hoje comandando a nação e haveriam de proteger as crianças. Já para os
iniciados, sem qualquer dúvida seriam Adeptos, pelo menos em tese.
Mas
ainda que sejam raros, existem, sim, de verdade! Lamenta-se, entretanto não
serem vistos por terem sido renegados e perseguidos por aqueles que se contentam
com o orvalho da fé, e com ela constroem palácios na terra, e paraísos no céu...
Dos pardais.
E
até eu, que pessoalmente fui um pouco além da crença cega, às vezes fecho os
olhos e deixo-me levar pelas vias tortuosas da emoção, tropeçando, e até às
vezes caindo no fosso da cega e falsa fé! É quando compreendo com mais clareza
um dos aforismos de Pitágoras: (Tendo saído de casa, não retorne, pois as
fúrias serão seus acompanhantes).
Por isso vale a pena, ainda que na imaginação ou sonho, tal
como se imaginam divinizados, encontrar tais cavaleiros! Afinal, são eles
zeladores da vida e das crianças, e não se vestem de santos.
E um bom nome oculto para eles seria o de Encobertos!... Até
porque a santidade envolva outra regra, que não é o caso no caso dos cavaleiros,
a regra da fé cega.
Embora a regra da comunicação se faça pela boa e velha
palavra, Eles se comunicam muito bem também com gestos, atos ocultos, metáforas
e até através do silêncio, fecundando a mente cósmica e abrindo os canais da
inteligência luminosa.
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