sexta-feira, 9 de maio de 2014

A SAGA DO CAVALEIRO

 

Entusiasmado, ensimesmado como se estivesse sonhando um elo enredo metafísico, ponho-me a imaginar encontrar-me de repente num ambiente místico, talvez no interior de uma gruta ou até no santuário de um templo, quando solenemente ouço alguém anunciar: - Eis que se apresenta para a grande luta, o Cavaleiro da Ordem do Santo Graal, acompanhado pelo também Armado Cavaleiro na Secreta Ordem do Rei do Mundo – Melk-Tsedek – ao lado de suas Damas!

E assim depois de identificados e após apresentarem as suas credenciais na forma do rito formal, revelassem ao mundo a boa nova de sua missão, aquela que (a cada instante tudo renova) segundo o dissera alhures, o poeta!
Mas quando e por onde andariam esses magníficos personagens? Em que terra ou em que mar, que fosse até no ar voando além do sonho?
De repente, diante da atual descriminação que separa as pessoas pela cor, sexo, condição social, etc., de qual raça eles seriam? Negra, branca, amarela ou de suas derivadas? Certamente não haveriam de ser indiferentes aos malfeitores dos homens hoje comandando a nação e haveriam de proteger as crianças. Já para os iniciados, sem qualquer dúvida seriam Adeptos, pelo menos em tese.
Mas ainda que sejam raros, existem, sim, de verdade! Lamenta-se, entretanto não serem vistos por terem sido renegados e perseguidos por aqueles que se contentam com o orvalho da fé, e com ela constroem palácios na terra, e paraísos no céu... Dos pardais.
E até eu, que pessoalmente fui um pouco além da crença cega, às vezes fecho os olhos e deixo-me levar pelas vias tortuosas da emoção, tropeçando, e até às vezes caindo no fosso da cega e falsa fé! É quando compreendo com mais clareza um dos aforismos de Pitágoras: (Tendo saído de casa, não retorne, pois as fúrias serão seus acompanhantes).
Por isso vale a pena, ainda que na imaginação ou sonho, tal como se imaginam divinizados, encontrar tais cavaleiros! Afinal, são eles zeladores da vida e das crianças, e não se vestem de santos.
E um bom nome oculto para eles seria o de Encobertos!... Até porque a santidade envolva outra regra, que não é o caso no caso dos cavaleiros, a regra da fé cega.

Embora a regra da comunicação se faça pela boa e velha palavra, Eles se comunicam muito bem também com gestos, atos ocultos, metáforas e até através do silêncio, fecundando a mente cósmica e abrindo os canais da inteligência luminosa.

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