HOMENAGEM
AO MESTRE
Minha primeira indagação tão logo acorde é perguntar-me: quem
sou eu? E nesse primeiro momento peno todas as culpas psíquicas, sofro o
desconforto da desconfiança emocional diante da incerteza entre o certo e o
errado. Imediatamente me recrimino caso confirme no dia anterior ter seguido
pelos desvios da estrada, burlando a regra que determina o rumo de ir a mim
pelo nobre caminho do meio.
É verdade que não é esse meio nem esse rumo muito claro, nem a
linha divisória a separar uns de outros caminhos perfeitamente definida, nem os
possíveis desvios assinalam com exatidão a trilha incorreta que leva ao erro. Mas
como há em qualquer nível determinado centro de onde se podem observar vários
ângulos, de aí sempre é possível extrair um eixo!
E então, extraído o meu e de posse desse meu eixo, mesmo com a momentânea
precariedade cognitiva e a fragilidade sentimental de mero ente humano, dou de
ombros e no ato seguinte e me auto-absolvo, certo de que vou a fazer o que é
possível em “vigilância dos sentidos”.
E é assim e à minha maneira que eu continuo buscando o meu pessoal ar, a minha oculta cor, o meu inconfundível e agradabilíssimo paladar, o meu perfume singular, o aperto no meu calo se desconfortável sapato calçar; e o quase de agora, que ainda não sei o que seria totalmente supremo e eterno... único, para sempre, o meu amor..
E em razão deste meu modo de andar ser a única fórmula de seguir redescobrindo-me a cada dia, a cada momento, num ato voluntário a cada manhã respiro fundo ao levantar-me, quando descubro estar vivo pela ardência nos pulmões. Provavelmente pelos longos anos em que fumei. Mas hoje sou apenas um ex fumador.
E então olho mais calmo lá fora e sorrio levemente, como convém a um sorrir contido, e penso com os meus botões: como são ingênuos aqueles que ao me verem sorrir julguem não haver mais espinhos, em meu caminho! Espinhos, sim, ainda há espinhos, mas vendavais não. Essas tormentas emocionais eu não as tenho mais, vendavais, não!
E é assim e à minha maneira que eu continuo buscando o meu pessoal ar, a minha oculta cor, o meu inconfundível e agradabilíssimo paladar, o meu perfume singular, o aperto no meu calo se desconfortável sapato calçar; e o quase de agora, que ainda não sei o que seria totalmente supremo e eterno... único, para sempre, o meu amor..
E em razão deste meu modo de andar ser a única fórmula de seguir redescobrindo-me a cada dia, a cada momento, num ato voluntário a cada manhã respiro fundo ao levantar-me, quando descubro estar vivo pela ardência nos pulmões. Provavelmente pelos longos anos em que fumei. Mas hoje sou apenas um ex fumador.
E então olho mais calmo lá fora e sorrio levemente, como convém a um sorrir contido, e penso com os meus botões: como são ingênuos aqueles que ao me verem sorrir julguem não haver mais espinhos, em meu caminho! Espinhos, sim, ainda há espinhos, mas vendavais não. Essas tormentas emocionais eu não as tenho mais, vendavais, não!
E mesmo quando as houvera foram tão passageiras que, num breve piscar
de olhos desapareciam. E por ser tudo passageiro e desaparecer na impermanência
do tempo e das formas, onde há homens há normas, há movimento, elementos e animais...
Sim, onde há fêmeas, machos e encontros emocionais, há ondas
invisíveis e lascivas levantadas, há inevitáveis passagens de um estado ponderado
a outro imponderado, e funerais... Éticos, certamente morais e de corpos, pois também
entre nós os há anagramaticamente dos corpos!
E como ainda vão homens abaixo de onde ruminam animais...
Seguirei este meu pessoal caminho até esgotar este ente funeral, que é físico, e
porque, também sei, o meu não sei é metafísico!
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