quinta-feira, 30 de maio de 2013

RETRATO EM PRETO E BRANCO



Retrato em preto e branco de um Brasil Real, colorido, rico, fabuloso, mas ainda oculto.
Tem e teve, em recente passado, grandes seres, mas vão sendo destruídos por uma máquina dita socialista, odiosa.

Mas com vistas a um comentário de Margaret Thatcher, direto ao alvo: “O socialismo é bom enquanto dura o dinheiro dos outros”.

Em razão da falta de talento para qualquer coisa exceto retórica pobre e ungida de culta... Mas convenhamos, até num galinheiro há cultura, mormente quando há mais de um galo e um sistema diferente que eles usam para atacar e chamam de liberalismo, capitalismo etc., e não que estes sistemas sejam bons, mas muito mais perto dos eflúvios universais da evolução, certamente que sim...

Mas olhando de perto o sangue que obrara derramar o trio sinistro Stalim, Mão, Hitler, os seus tentáculos, digamos, mais brandas quebraram os países por onde passaram: contemple-se a onda rosa, européia, mas o mais fantástico e tenebroso, embora não surpreenda, é o que acontece lá na Ilha Presídio dos irmãos Castro, na Venezuela Chavista, e demais países membros do Foro de São Paulo.

De onde partem ameaças ainda meio veladas através do partido governante à democracia, às liberdades individuais e naturalmente por um processo de “emburrecimento” do povo brasileiro, a disseminação da corrupção que destrói os valores morais, éticos e de família e com todas as aberrações em que senadores, deputados, ministros e tal vão engajados, enquanto farreiam e gastam o dinheiro de uma classe produtiva, que já esgotou todas as reservas de tolerância, de energia e dinheiro.

Esses nobres paladinos do ridículo, incluindo presidente e alguns governadores devem colocar as barbas de molho, pois o povo começa a perceber o quão era seguro morar no Brasil no tempo dos militares! E quanto neles se podia confiar desde que não se fosse guerrilheiro, nem terrorista, claro!

Entretanto, o Quinto Império, o novo Sebastianismo-Isabelismo, o Núcleo dos Amigos do Elmo, os Verdadeiros Teósofos, Eubiotas de fato e Homens de Bem, Produtivos e Guardiões Familiares estão atentos e vigiam mantendo de reserva uma secreta camiseta Verde – Oliva.


É isso: O Quinto Império Vigilante e o Quarto Poder Alerta, que se cuidem os outros três ora meros arremedos de poder! “Que se cuidem” significa vergonha na cara! E firmeza de caráter, como sempre teve o Judiciário.  

terça-feira, 28 de maio de 2013

A PALAVRA FURTADA


Essa coisa de fazer da palavra uma arma, é bom lembrar ao atirador que depois de disparada não tem volta, e perde o seu controle quem a dispara, passando imediatamente ao domínio público, com todos os acréscimos e deformações que cada um que a ouvir for capaz de falsificar. Nunca, todavia guardará sequer semelhança com a palavra original, no momento em que for disparada. Pois até para o atirador momentos depois já é outra coisa, ainda que mantenha a grafia! No sentido conceitual, mil outras coisas logo nos primeiros instantes passa a ter no pensamento do atirador. Imaginem em quem a ouve!

Mas vale a pena semear e depois de nascidas, cuidar bem das palavras. Imaginar que houve um tempo que não existiam palavras e as pessoas balbuciavam monossílabas depois faziam rabiscos, e mesmo agora quantas pessoas ouvem-nas, e nem desconfiam o que significam? Outros, usando metáforas são capazes de dizer sim querendo dizer não, mel para significar o mais amargo fel, e há também uma classe de gente que ao usar as palavras dá-lhe o pior castigo que um idioma pode receber sem poder fazer nada... Se você pensou que essa gente é a política dos últimos tempos e nomeadamente da situação, acertou em cheio.

O uso permanente em sentido inverso da semântica, o ataque frontal à regra e o valor absolutamente falso das palavras, fazem-nas sentirem-se marginais e cúmplices desses bandoleiros da língua, da moral e do caráter, que as submetem a esse flagelo.

Realmente vivemos tempos deveras estranhos. Depois do advento político alcunhado de lulopetismo de todos os roubos, até a honra das palavras foi, depois de sofrer violento estupro, também furtada.

Ao longo de muitas eras cultivou-se entre os estudiosos do real ocultismo, o mito da “palavra perdida”. Agora, temos o advento da palavra furtada!    
  

Não vivemos um tempo engraçado? Além de não termos encontrado a palavra perdida, tivemos a palavra furtada! 

Ciclo da saudade III


Quisera eu poder chorar as minhas próprias lágrimas profundamente magoadas! Mas o líquido elemento que as segrega mal chega para levar pelas vias legais os elementos químicos a todo o reino, frente a seca nesta região sentimental, cuja fauna e flora precisam de líquido para alimentarem-se, mais que eu de lágrimas!
Chorasse muito e profundamente vertesse meu precioso líquido em lágrimas, grande falta faria ao sistema empobrecendo a minha régia residência; ou melhor, meu casebre humilde, que outrora ousei chamar de templo.
Casebre, templo régio, humilde residência não importa o estado, nela haverei de viver os meus últimos dias; e não julguem por últimos dias o ocaso de uma vida fútil, pois não é! “Os últimos dias” tiveram início tão logo o ar rasgou as vias aéreas do recém nascido, que aos prantos de queimação pulmonar anunciou a sua chegada... Ou largada para a contagem regressiva dos “últimos dias”.
Cronologicamente e por coincidência estou já muitos instantes à frente daquele (berro primo) e se o quereis mais claramente expresso, restam-me poucos dias, segundo confiáveis pesquisas sobre a expectativa de vida e vale para todos, quando concebidos sejam todos apenas máquinas de carne sustentada por ossos e movimentados por nervos...
Outra razão porque não tenha mais lágrimas deve-se ao fator economia de líquido, devido os muitos dias percorridos debaixo do sol a lapidar as pedras para não mais reterem qualquer coisa que chorada seja úmida.
Nem profundamente magoadas pela inocente e idiota justificativa da falta inevitável da juventude, que afinal nunca foi de verdade juventude, nesta zona planetária do sistema solar, nem por abundância de líquidos que não mais os há, mormente aqueles das emoções molhadas. Porque viver sendo um ato de absurda seriedade real em ação de um ego engajado em parceria com a personalidade, tendo como palco – para quem é artista – uma casa transitória constituída basicamente dos cinco elementos engajados até em órgãos; e para os não artistas, também desse mesmo modo edificada em temporal engenho. E onde está então a seriedade real?


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Prosa Breve

A palavra perdida


A mais importante palavra é a “palavra perdida”, que dizem encerrar o mistério da chave que abre as portas da morte, para quem sair dela entrar pela portas da vida. E seria por esta razão que ela é perdida? 

Só se for para os que a perderam há milhares de anos e não a irão encontrar, porque não sabem onde a perderam! Mas há quem já tenha encontrado; outros, poucos, nunca a perderam; é natural então que a estes caiba a nobre missão de a guardarem. Dentre eles alguém revelou que ela possui o poder de revelar segredos e desvendar mistérios, inclusive o da esfinge.

Mas à palavra perdida não basta ser encontrada: é necessário interpretá-la; é o que dizem os que têm o seu segredo.

Existem diversas versões dela, mas quase todas são falsas. Apenas quem a guarda e nunca a perdeu e aqueles que a encontraram conhecem o seu mistério e sabem o seu nome, e naturalmente o seu segredo. Há até os que dizem poder ser qualquer palavra, outros que a chave nem é uma palavra e sim o mistério que está no córtex cerebral! E dizem até que as suas raízes descem ou sobem da câmara secreta do coração!

Seja qual versão for, falsa ou verdadeira, tudo leva a crer ser necessário, para desvendá-la Paz, Amor e Sabedoria. E não é então fora de propósito afirmar que não é a palavra quem anda perdida, mas sim o homem que perdeu o sentido de amar, de compreender o outro e viver em paz.  Por isso é a chave com que se abrem as portas do céu e da vida... Dizem ainda, os poucos que a encontraram, que dentre as fórmulas de encontrá-la se deve descartar a ideia de um céu mágico, lá no alto ou em qualquer lugar fora.

Não é este céu no céu; o verdadeiro existe, sim, mas segundo eles a porta está no seio profundo da nossa alma; e a ele tem acesso apenas quem encontrar a palavra perdida... E ao interpretá-la corretamente fara vibrar o som mágico, reverberando nos recônditos mais secretos do espírito. E de aí a desvendar o mistério da das raças e da esfinge, é um pulo. E então, nesse momento indescritível a palavra perdida transforma-se no oculto nome de quem a encontrou. Isto, segundo eles dizem! Eu mesmo não sei.


domingo, 26 de maio de 2013

Marcha das Vadias

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Milton Pires

Definição de vadia: toda aquela mulher que não faz um mínimo de esforço para cuidar do marido e dos filhos, toda aquela que despreza o estudo e a educação.

Mulher corrupta que usa o corpo para conquistar posição no trabalho e que usa o sexo como arma na sociedade.

Fêmea humana que nunca soube o que é pegar um ônibus lotado ou esperar numa fila do SUS.

Moça ou velha que debocha de Deus e de qualquer forma de crença noutra vida.

Mulher falsa e traiçoeira que submete qualquer valor moral a mais antiga das leis brasileiras – A Lei de Gérson (Leve vantagem em tudo, certo?)

Primata das faculdades de filosofia, sociologia e história da USP e da UFRGS capaz de pensar que Focault tem o mesmo valor que Sócrates e Che Guevara é melhor que Jesus Cristo.

Pessoa supostamente adulta e do sexo feminino que,  quando trabalha e não tem filhos debocha sarcasticamente da semelhante que tem filhos e não trabalha.

Mulher que não tem noção de família e que passa a vida inteira competindo com o homem para finalmente se igualar a ele naquilo que nós, homens, temos de pior.

Representante do sexo feminino que no seu ativismo perdeu a noção do carinho com os filhos e do companheirismo com o marido.

Mamífera, bípede, frequentemente ativista de movimentos sociais que são filhotes de partidos genocidas.

Militante política capaz de pensar que Fucking e Cooking são duas cidades da República Popular da China.

Apologista do aborto e da vida sozinha. Moça que perdeu aquilo que a faz ser amada por qualquer  homem – a capacidade de encantar...

Mulheres de todo Brasil – Graças a Deus nenhuma de vocês estava naquela marcha deste sábado em São Paulo...

Um beijo,


Milton Pires é Médico.

sábado, 25 de maio de 2013

CURTO e GROSSO....

Pra um sábado: 25/05/2013=18 visto de um vale de cor prateada à noite que ainda nem veio, quando inclemente o sol impõe a sua lei e descobre os escuros onde insetos, roedores, baratas e simulacros de gente vagueiam e vão...

Temos um grande caminho a percorrer, mas esse depende do peso de suas botas... E dependendo das botas uma burra carga de pedras carrega às costas...  Mas também pode ocorrer a um homem carregar o mundo inteiro nas costas, e o mundo não lhe pesar nada!

Filhos, tal como somos do universo, e como o termo ensina é o verso, por isso constituído em camadas, vibrações, e cada uma em seu canal competente, sua dimensão, seu corpo, seu carro, etc. Essas formas e dimensões, entretanto já os deuses ensinaram, e os homens espertos aprenderam e já revelaram o nosso universo até o momento, numa forma gigantesca de OVO, afinal o universo é curvo, e esse OVO tem já cinco cascas ou peles, cada uma expressando um elemento dos cinco, já com corpo, de um total de sete.

Nessas dimensões, desde as mais sutis até as mais densas, dá-se curso as multiplicidades, que para isso o UNO se fez VERSO, e temos, pois, diversidades de formas de vida com ou sem corpo denso, como este nosso, externo e aparente... Apesar dele mesmo em sua formação oculta representar esse diverso estado vibratório, embora nem saiba da missa uma vírgula, para ser, independente do entendimento do ego a respeito, uma microcósmica criatura universal.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

A FARSA PETISTA Petrobras...

A FARSA PETISTA Petrobras... (293 X 119) amanhã, talvez!
Pensei escrever algo a respeito de mais uma FARSA PETISTA, dentre tantas, na verdade entendam-se TANTAS como quase incontáveis Farsas, pois no coração do PT só existe uma ideia: Poder, Enriquecimento Ilícito, Desprezo às Liberdades, Ódio ao Diferente e tudo que diga respeito a uma sociedade livre será um alvo a ser atingido com qualquer arma disponível.
Mas na questão Petrobras já havia escrito um rombo dentre tantos... e apenas o copiei e vo-lo ofereço hehehehh com certificado e tudo:


ESCÂNDALO BILIONÁRIO NA PETROBRAS – Resta, agora, saber se, ao fim da apuração, alguém vai para a cadeia! Ou: Quem privatizou a Petrobras mesmo?

É do balacobaco!
Desde que Sérgio Gabrielli, o buliçoso ex-presidente da Petrobras, deixou a empresa, os esqueletos não param de pular do armário. A presidente Dilma Rousseff o pôs para correr. Ele se alojou na Secretaria de Planejamento da Bahia e é tido como o provável candidato do PT à sucessão de Jaques Wagner. Dilma, é verdade, nunca gostou dele, desde quando era ministra. A questão pessoal importa menos. Depois de ler o que segue, é preciso responder outra coisa: o que ela pretende fazer com as lambanças perpetradas na Petrobras na gestão Gabrielli? Uma delas, apenas uma, abriu um rombo na empresa que passa de UM BILHÃO DE DÓLARES. Conto os passos da impressionante reportagem de Malu Gaspar na VEJA desta semana. Prestem atenção!
1: Em janeiro de 2005, a empresa belga Astra Oil comprou uma refinaria americana chamada Pasadena Refining System Inc. por irrisórios US$ 42,5 milhões. Por que tão barata? Porque era considerada ultrapassada e pequena para os padrões americanos.
2: ATENÇÃO PARA A MÁGICA – No ano seguinte, com aquele mico na mão, os belgas encontraram pela frente a generosidade brasileira e venderam 50% das ações para a Petrobras. Sabem por quanto? Por US$ 360 milhões! Vocês entenderam direitinho: aquilo que os belgas haviam comprado por US$ 22,5 milhões (a metade da refinaria velha) foi repassado aos “brasileiros bonzinhos” por US$ 360 milhões. 1500% de valorização em um aninho. A Astra sabia que não é todo dia que se encontram brasileiros tão generosos pela frente e comemorou: “Foi um triunfo financeiro acima de qualquer expectativa razoável”.
3 – Um dado importante: o homem dos belgas que negociou com a Petrobras éAlberto Feilhaber, um brasileiro. Que bom! Mais do que isso: ele havia sido funcionário da Petrobras por 20 anos e se transferiu para o escritório da Astra nos EUA. Quem preparou o papelório para o negócio foi Nestor Cerveró, à frente da área internacional da Petrobras. Veja viu a documentação. Fica evidente o objetivo de privilegiar os belgas em detrimento dos interesses brasileiros. Cerveró é agora diretor financeiro da BR Distribuidora.
Calma! O escândalo mal começou
Se você acha que o que aconteceu até agora já dá cadeia, é porque ainda não sabe do resto.
4 – A Pasadena Refining System Inc., cuja metade a Petrobras comprou dos belgas a preço de ouro, vejam vocês!, não tinha capacidade para refinar o petróleo brasileiro, considerado pesado. Para tanto, seria preciso um investimento de mais US$ 1,5 bilhão! Belgas e brasileiros dividiriam a conta, a menos que…
5 –  a menos que se desentendessem! Nesse caso, a Petrobras se comprometia a comprar a metade dos belgas — aos quais havia prometido uma remuneração de 6,9% ao ano, mesmo em um cenário de prejuízo!!!
6 – E não é que o desentendimento aconteceu??? Sem acordo, os belgas decidiram executar o contrato e pediram pela sua parte, prestem atenção, outros US$ 700 milhões. Ulalá! Isso foi em 2008. Lembrem-se que a estrovenga inteira lhes havia custado apenas US$ 45 milhões! Já haviam passado metade do mico adiante por US$ 360 milhões e pediam mais US$ 700 milhões pela outra. Não é todo dia que aparecem ou otários ou malandros, certo?
7 – É aí que entra a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff,então presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Ela acusou o absurdo da operação e deu uma esculhambada em Gabrielli numa reunião.DEPOIS NUNCA MAIS TOCOU NO ASSUNTO.
8 – A Petrobras se negou a pagar, e os belgas foram à Justiça americana, que leva a sério a máxima do “pacta sunt servanda”. Execute-se o contrato. APetrobras teve de pagar, sim, em junho deste ano, não mais US$ 700 milhões, mas US$ 839 milhões!!!
9 – Depois de tomar na cabeça, a Petrobras decidiu se livrar de uma refinaria velha, que, ademais, não serve para processar o petróleo brasileiro. Foi ao mercado. Recebeu uma única proposta, da multinacional americana Valero. O grupo topa pagar pela sucata toda US$ 180 milhões.
10 – Isto mesmo: a Petrobras comprou metade da Pasadena em 2006 por US$ 365 milhões; foi obrigada pela Justiça a ficar com a outra metade por US$ 839 milhões e, agora, se quiser se livrar do prejuízo operacional continuado, terá de se contentar com US$ 180 milhões. Trata-se de um dos milagres da gestão Gabrielli: como transformar US$ 1,204bilhão em US$ 180 milhões; como reduzir um investimento à sua (quase) sétima parte.
11 – Graça Foster, a atual presidente, não sabe o que fazer. Se realizar o negócio, e só tem uma proposta, terá de incorporar um espeto de mais de US$ 1 bilhão.
12 – Diz o procurador do TCU Marinus Marsico: “Tudo indica que a Petrobras fez concessões atípicas à Astra. Isso aconteceu em pleno ano eleitoral”.
13  Dilma, reitero, botou Gabrielli pra correr. Mas nunca mais tocou no assunto...Encerro
Durante a campanha eleitoral de 2010, o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, fez propaganda de modo explícito, despudorado. Chegou a afirmar, o que é mentira descarada, que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante a sua gestão, tinha planos de privatizar a Petrobras.
Leram o que vai acima? Agora respondam: quem privatizou a Petrobras? E noto, meus caros: empresas privadas não são tratadas desse modo porque seus donos ou acionistas não permitem. A Petrobras, como fica claro, foi privatizada, sim, mas por um partido. Por isso, foi tratada como se fosse terra de ninguém.

Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ah, se as sementes falassem!

A FARSA PETISTA no Velho Chico.

Os Canais da transposição do São Francisco, no auge de sua arrogante jornada escondidos atrás das gigantescas máquinas que os abriam, semelhantes ao seu propagador e arauto falastrão de nove dedos, quiseram desdenhar das sementes das árvores e dos arbustos naturais, que iam suplantando.

Não passaram, entretanto muitas luas e as pequenas dolorosas e sofridas sementes resistindo ao sacrilégio, lhe deram o troco direitinho. Num momento de descuido já durante o caos e abandono, apesar dos recursos bilionários aí enterrados, furando as grossas camadas de concreto, que até deveriam ser três ou quatro vezes mais grossas pelo custo dos bilhões ali torrados, mas uns dois terços foram parar no estrangeiro, talvez numa dessas malas diplomáticas da tal Rose e de outras flores, mas, as pequenas e resistentes sementes botaram pra quebrar, literalmente!

Num ato de puro heroísmo em busca da luz do sol e luta pela sobrevivência, acabaram com aqueles canais arrogantes e renasceram em triunfo.

Os canais, em coro demagógico agonizante balbuciavam e até ameaçavam com gritos de comando a chamá-las de reacionárias, burguesas alegando que a sede do Nordeste seria por culpa delas, que estragaram os seus leitos! Elas, porém danadinhas e seguras do alto de seu código genético de bilhões de anos de evolução riram, e unidas até criaram uma efígie folclórica de uma mão com nove dedos fazendo micagens na sombra, tirando uma casquinha dos canais, mas na alma grupo daquelas espécies essa terrível efígie de nove dedos representava mesmo um fantasma tenebroso, que elas odiavam!

Claro que os Deuses para os Minerais são os Vegetais, os Deuses dos Vegetais são os Animais e os Homens! Logo, por instinto elas sabiam do malfeitor que era o nove dedos, para todos os reinos! E certamente, como muitas pessoas de bem, também aquelas árvores e arbustos que derrotaram o rigor do concreto dos canais pressentiam que o nove dedos, era de fato um ser indigno de pisar no planeta.

Sim, a natureza é sábia e quem pensa que a natureza não pensa, está muito enganado! Senão, como onde hoje há deserto há também vestígios de mar?

A natureza tem lá seus mecanismos de defesa, e se defende como pode conspirando e até revelando com arte o seu maior inimigo, que teve nessas árvores e arbustos uma declaração de amor ao Velho Chico, que o traidor da pátria e da natureza com seus nove dedos queria e ainda quer destruir, apesar de já ter usufruído de muitos milhões acrescentados ao custo dessa tragédia anunciada.

Já o brasileiro de pensamento primário e até o mediano, no momento está sem defesa contra esse monstro que veio do mar, com forma humana.


E o pobre sertanejo, que imaginou um paraíso farto de água, nem imaginou que em malas, cuecas, aviões ou em disfarçados ministérios aqueles buracos serviriam apenas para lavar dinheiro, e a seco, que ironia! Mas o Velho Chico mais rapidamente secaria, se a soberbia e ausência de caráter de seu idealizador não fosse a razão de sua falsa transposição.       

quarta-feira, 22 de maio de 2013

A FARSA PETISTA,


A FARSA PETISTA, do fim do BORSA FAMIA, BURRA para quem pensa...
A Dirma, sem ninguém perguntar anunciou aos quatro ventos bem antes do saque que mandaria a PF investigar quem criou o boato, e a caixa, “vem pra caixa você também” abasteceu as caixas antecipadamente para facilitar os saques.

Lindo, isto tudo! Mas não sejam maldosos que isto se chama profecia, ouviram?  

Não escondem mesmo mais nada, esses petistas! Praticam a corrupção a céu aberto, fora do esgoto onde têm seu habitat natural, e espalham boatos nos chamando de idiotas que não pensamos!

Mas você, brasileiro que consegue unir uma silaba mental a uma Glia... a fêmea do Neurônio não vai mesmo acordar?

Vai ficar aí no sofá cheio de razão a gritar com sua filha ou filho ou empregada ou mulher e quando sai à rua acredita no melhor dos mundos?

Nem vê que na outra esquina que liga a outro Neurônio sem Glia corre o esgoto a Céu Aberto e as crianças, descalças e famintas soltam barquinhos de papel num pequeno remanso do esgoto?

Não sabe quanto somam os 7 trilhões e 800 bilhões desviados nos últimos 11 anos de desgoverno?

Está satisfeito com o sono da Glia que insiste em não acordar o Neurônio enredado nas setenta prestações de seu carrinho novo, que o enforca em dívidas e entope as ruas e quando sai nem sabe se volta por falta de rua e abundancia de armas apontadas pra sua cabeça?

Um sujeito de nove dedos, um neurônio bêbado a cuja glia estuprou aplicou o golpe de estado no estado e berrou não saber de nada e você acreditou?

Um bando de moleques comunistóides com um chip na cabeça, um piercing no nariz e um baseado no canto da boca gritando asneiras, cospem na língua, defecam nas escadas das catedrais, estupram a liberdade e você continua dormindo? 

Acredita no filme bonitinho da escola maravilhosa que ensina cada vez mais cedo a sua criança, e ao vê-la dobrar a língua para unir a com b continua acreditando na TV?

Sinceramente, a sua preguiça mental me contaminou e de preguiça nem vou falar mais nada, pois meu neurônio rebelou-se e já fala em revolução bolivariana comunista  

terça-feira, 21 de maio de 2013

NOBRE DAMA



Descia a rua sossegada ao final da tarde, e até o sol, já brando, com os seus raios refletia a sua cabeça coroada pelo tempo, harmoniosa, e aos seus cabelos brancos dourava majestosos. Descia a rua sossegada, aquela mulher serena e prosseguia.

Aonde iria a nobre dama, aonde iria? E o que andava agora sorridente em seu coração a consagrar? Saia honesta até os joelhos, blusa branca de seda que ao seu rosto clareava, de cabeça descoberta que não tinha o que esconder nem ao que quisesse simular, descia a rua sossegada a nobre dama, sossegada e serena a caminhar.

Quem seria aquela nobre dama? Ninguém ousou lhe perguntar; e de cabeça luminosa levantada seguia altaneira e bela fêmea, passava sossegada essa linda mulher a caminhar.

Pela rua afora de espírito sossegado, era o que revelava o sorriso luminoso de quem cumprira a juventude consagrada e bem vivida, e porque ao seu tempo colorisse de bondade, olhou serena e com bondade ao triste semelhante maltrapilho que passava, e à cabeça inclinando em reverência docemente lhe sorrira.

Mas seguiu em frente! E ao voltar os olhos para trás ao triste mais uma vez o olhou com doçura e de espírito levantado a nobre dama ao triste que ficava sorriu mais uma vez e prosseguiu.

Três vezes viu a dor no pobre e silenciosa ao passar, três vezes olhou consciente aquele que tombado nem sabia enquanto sossegada a nobre dama lhe emprestava o bom olhar da compaixão.

Quem seria a nobre mulher, que ao descer a rua tanta admiração e bom dizer houve em todos despertado?

Na penumbra da tarde, ao longe desaparece por entre um clarão do sol poente avermelhado ouro. E de seu rastro meio furta-cores muitas interrogações ensejava e até uma saudade longínqua dela nascia, e hoje habita o imaginário de quem a viu passar, para nunca mais ser vista.

E quem poderá dizer não ser agora alguma décadas depois uma linda menina de olhos morenos, incomuns, cheios de mistério longínquo e sereno? Tanto que ao sorrir de novo é sempre alvissareiro e nunca cansa olhar para ela?

Quem será agora esta criança? Será a herança imaginária ora cabelo negro, sedosos daquele olhar longínquo, de cabelos brancos? Será o bendito fruto daquela altiva dama que pela rua antigamente a tantas mulheres ensinou a altivez na rua?

Quem será a criança ora presente e tantas mais que riem e alegram a quem triste passa por elas? Quem saberá dizer onde foi parar no tempo aquela mulher de bela lembrança, altaneira que por aqui passara?
Ah, mas estas lindas morenas, mulatas, louras e todas as damas que ainda agora por aqui passam, a sorrir e a olhar, que belas flores!

É nobre não esquecer a nobre dama, que passou por aqui um dia! E como é gentil e animador vê-la agora nas crianças, a brincar!  

Pois quem quer que por aqui passe agora, nos renovará a esperança e a certeza de que a nobre dama nunca mais há de nos deixar, pois enquanto existirem mulheres, sempre altivamente ela há de brilhar, infantil, sereno ou já longe do estado primaveril, outra vez senhora!


segunda-feira, 20 de maio de 2013

SAUDADE BARROCA



Distanciei-me tanto de mim em busca da perfeição e do mérito, que um dia, ao voltar para casa, espantei-me quando ao chegar à esquina da rua em que morava e de costume virava à esquerda para chegar ao meu destino, não virei.

Nesse dia resolvi seguir em frente e ao andar aproximadamente dez metros dobrei à direita e cheguei inesperadamente ao coração do povoado.

E aí me dei conta, ao encontrar a refrescante e velha fonte jorrando cristalina água, de que há muito tempo não a bebia nem via ou escutava o seu melodioso cantar.

E até levei um susto, ao ver-me refletido na água tão envelhecido, de há muito não olhar para mim!

Tão esquecido e distraído andava que nem mais reparava na vidraça da velha casa em frente ao largo da fonte, que me servira de espelho.

Constatei meio desanimado e talvez até surpreso que o tempo passa mais depressa do que a gente imagina!

Passa... e não espera os nossos cabelos eternamente castanhos e sedosos sem nenhum fio branco; nem a pele lisa, sem rugas, se conserva pelo tempo que nos aprouver.

E então prometi para mim mesmo, a partir daquele momento em que me reencontrei que jamais me afastaria de mim em busca de qualquer artifício. Doravante vou preparar o meu espírito para não levar nenhum susto pela passagem irresistível do tempo.

De algum modo, a minha velha ilusão já sofrera forte abalo ao ver-me de surpresa e constatar o longo período em que andei afastado do centro de minha digna e original morada interior!

A de agora tomarei algumas providências, que até podem parecer supersticiosas, mas adotei o hábito de sair e retornar para casa sempre por lados opostos.

E é de tal jeito que hoje descendo pela única rua de entrada do povoado e chegando à fonte onde quero agora sempre passar, em vez de seguir em frente uns metros e dobrar à esquerda, sigo uns dez metros por uma ruela à direita até chegar a minha casa.

Pela manhã, ao sair dobro à esquerda e desço até á fonte e saio do povoado em direção ao meu destino, para finalmente retornar à minha nova casa psíquica, que agora fica à esquerda dos meus sentimentos e à direita do meu pensamento. 
   
Adotei também o hábito de olhar com mais freqüência para a velha vidraça que voltou a servir-me de espelho, verificando como anda a alma, nestes dias de grandes atribulações.

Estranhamente quando olho nesse espelho, a menina dos olhos, como se costuma chamar o centro dos olhos emite um brilho e volta e meia faz-me piscar; e eu meio sem jeito desvio timidamente o olhar dela, por não compreender a mensagem que insiste em passar-me, a minha atrevida menina dos olhos.

Mas ainda não é isto o que mais preocupação tem-me causado nos últimos tempos, senão uns fluidos lacrimais ocultos que involuntariamente descem pela face esquerda; e eu, pessoalmente os interpreto, pelo fato de ser à esquerda, como sinal de que as coisas externas do coração andam meio conturbadas...

 Ainda muitas campanhas da sociedade se fazem necessárias para aplacar a fome de crianças pobres, num país absolutamente rico, que arrecadando quase metade do PIB explora o povo com os impostos mais caros do mundo e nada lhe oferece em troca?

Mas quando descem esses fluídos lacrimais pela face direita, aí, pelo fato de ser à direita eu não tenho dúvida de que um pedido de socorro clama dos côncavos vales, onde estão erguidas e ilhadas de saber as escolas, que juntamente com alguns professores, alguns poucos e bons professores gritam por socorro.

Mas infelizmente a cada dia a escola sucumbe à margem esquerda da estrada, por onde outrora felizes - embora às vezes até descalços - caminhavam alunos pela manhã fresca de encontro à bafejada aula que ensinava a ler, a escrever e fazer contas, num primeiro momento da infância inocente e feliz!

E num segundo álgebra, educação moral e cívica, boa gramática e correlações do gênero do conhecimento básico, humano e científico, e não havia sequer no horizonte a menor ideia de nuvens escuras fedorentas ideológicas!

E até a alma de uma povoação de alunos bem arejada e feliz cantava o hino nacional, empunhando a bandeira da Pátria ao galgar as arcadas de uma escola tradicional, simples e eficiente!

Sim, aquela escola sem medo ou receio do que ensinava, sente hoje vergonha porque o esquecera. Mas ainda alguns poucos e bons professores choram, descendo as suas lágrimas ora pela minha face direita apedrejada, ora pela minha face esquerda em clamor frente à infanta fome de pão, de escola, de saúde, segurança, de caráter, que nem o secretário ministro, nem o presidente (a) não têm. 

Bem que o povo experimentou o pobre e sem escola prometendo promover riqueza e educação, mas não deu certo; nem poderia que a casa onde nasceu não lhe ofereceu luz, exemplos, meios nem parâmetros éticos nem morais.

Nasceu, abriu os olhos, passou fome e fugiu... E aí, onde há fome e falta herança ingênita de honra, caráter e carma positivo, quem se importa com ética? E da expansão de garoto esperto e “aético” ao maioral, maioral mesmo, não mudou um tostão em nada, nem tem compaixão.

E essa mesma falta de caráter por osmose se espalhando nos governos das corruptelas dos pequenos, médios e grandes municípios, bem como na mesma ordem nos estados e demais células de uma riquíssima nação de bens materiais e de espírito empobrecida, os vermes tomam conta, e as desmoralizações passam a ser culturais.

E então, como a maioria de seus legisladores e executivos sem escola não possua brio, vontade, nem vergonha para redistribuir do que se apropriam - e que nunca lhe pertencera - rolam as minhas lágrimas de infortúnio, por uma fortuna imensurável moída...


domingo, 19 de maio de 2013

HOMEM II


QUERIDOS AMIGOS LEITORES, agradeço imensamente a vossa presença.Vindos de muitas partes do mundo, com destaque especial para os leitores dos ESTADO UNIDOS, a maioria, que supera até os do BRASIL. Obrigado a todos.Este texto Homem de ontem e HOMEM II de hoje, mais alguns que postarei são parte de um livro de prosa: DESCONCERTO PREGUIÇOSO. Alguns já antes postados, mas vale a pena repetir. Espero que gostem.  

HOMEM II
Deus é único e verdadeiro, a realidade UNA. Mas existe em cada homem como ideia a ser edificado pessoalmente na multiplicidade; e no âmago de todas as coisas é o elo que une e em todas as formas é o hálito de vida que as vivifica.

Para que assim também à noite seja a morte que desune a alma do corpo e as dores alivie; e se é único em todas as coisas, é então também no embriagado das sarjetas do mundo o mesmo dos iluminados perfeitos.

Apesar de constrangido, também é o único naqueles que o querem segregar e para este ou aquele beco em vão tentam desviar; é a inteligência que observa e vê, percebe e analisa por trás de todas as coisas; portanto, Deus é o único que sabe...

Por isso o sábio afirma que não sabe nada; mas está sempre pronto a ouvir e calar, enquanto o mundo clama e chama seus uns nadas que não pertencem a ninguém.

O mundo, o sábio já sabe muito bem, é do mundo e o mundo o palco de deus; em verdade é de quem no mundo segue caindo e levantando enquanto vivente e estiver respirando, porque respirar é viver.

E o ar que não é de ninguém e a todos alimenta, é também aquele que aos poucos oxida retirando a vida, na maior das contradições.

O sábio procura a consciência, enquanto o homem comum exalta a personalidade.

O sábio pensa, enquanto o homem comum sente e reage. O sábio alimenta a inteligência e exalta o espírito, e o homem comum alimenta o corpo e exalta a riqueza material.

Mas os dois, cada um em seu tempo estão no lugar que lhes pertence e compete, porque aquilo que cabe a um, a outro ainda ou já não cabe.

São as duas faces de uma mesma moeda; porém a moeda inteira é a face de deus homem, enquanto no mundo homens houver.

E as gentes, as pessoas são homens protótipos dos deuses, e os deuses se vestem de homens comuns e de homens sábios.

Os homens comuns caminham para o sábio, mas o homem sábio não pode mais nem deve caminhar para o homem comum, ignorante!

Seu tempo é outro e o seu ritmo perderia o eixo no tempo impróprio do homem terreno e o céu cairia, e deus erraria nesse sábio que caísse.

Por isso o seu caminho é estreito, não obstante ser o mais largo e o mais longo... Porém sua vida muito mais duradoura, porque, em verdade, em muitas outras vidas se funde e converte na eternidade...
       
E finalmente porque saiba que deus é apenas uma idéia, trata o sábio de lhe dar forma e conteúdo, demarcando com as suas humildes pedrinhas o caminho para quem segue a trilha da evolução...

sábado, 18 de maio de 2013

HOMEM


HOMEM
Os principais atributos que distinguem os homens entre si reinam no alto, soberanos: sabedoria e amor. E naturalmente as ações que em seu nome se pratiquem decorrentes e recorrentes dessas supremas virtudes.

Há por isso então há homens sábios, amorosos, e naturalmente há homens ignorantes e brutos, por lhes faltarem esses atributos maiores.
E não é por outra razão que para os ignorantes a suprema conquista concentra-se nos bens materiais e nas paixões, e os seus sensores mais ativos giram em torno dos desejos mais densos e fúteis: a paixão pelo seu time, por sua religião sectária, pela cor da sua “camisa única”, ainda que milhões iguais tenham sido produzidas; a música mais barulhenta e rude, a marca de cerveja determinada pelo tamanho, e, se houver em barril de muitos litros, melhor ainda, e até um vinho barato, se tivera adquirido o vício de beber vinho, que hábito já será um estágio um pouquinho melhor acima deles.
E naturalmente, e este é o grande drama, o seu candidato, via de regra o mais corrupto, e o mais corrupto se destaca dos outros pela falácia e grande demagogia.
Para outros a erudição acadêmica, cuja linha que siga preenche uma boa parte de seus celeiros mentais, terrenos e materialista, o que já não é tão ruim, considerando os ignorantes que nada entendem, embora falem pelos cotovelos, iludidos e acreditando ver o que ninguém vê, por de fato aí não haver nada.

Resumidamente isto encerra os desejos de uma maioria absoluta, incluindo-se aí grande parte da população, que se contenta em mitigar a fome.

Entretanto, e de alguma forma, por causa desta maioria é que existem os sábios, que se tornam sábios por amor ao saber, primeiramente, e depois criar modelos mentais e fórmulas para servir ao próximo a fim de elevar a mente e o espírito mais esclarecido, de quem se dispuser a ouvir e a aprender.

 Os homens éticos, bem formados, instruídos, filósofos e sábios congregam na mesma medida do sentimento amoroso a inteligência, buscando a consciência pelo desejo ingênito de compreender o todo e redimir os carentes, guiando-os pela senda luminosa da sabedoria, na medida do possível ensinando meios de saciar as necessidades básicas de modo mais consciente que por essa via custa menos caminhar.

E não é o objetivo de nenhum sábio buscar a sabedoria se não para servir, pois sabe, com o desapego de si mesmo serve ao próximo a si e, portanto a Deus servirá; é isso o que rezam as regras e os códigos dos Manús, como única fórmula de encontrar Deus.

Por isso é que se diz que o manto do sábio é a sua humildade adquirida pela renúncia; já a porta sagrada de seu templo são os seus ouvidos; o altar de suas orações a sua alma, e da essência nela semeada em conhecimento e amor é que nasce a sua sabedoria exteriorizada em suas mãos para servir e em seus pés para seguir buscando o novo.

Pratica as suas orações trabalhando na busca incansável do esclarecimento e da iluminação mental, na pura intenção de encontrar o caminho do meio a fim de esclarecer e indicá-lo ao próximo.

Concentra-se a sua busca na conquista do seu paraíso onde reina a paz e o silêncio; e quando sob o domínio do silêncio, ouve todas as almas e determina o ritmo do seu tempo, mas a sua opção em servir é antes a favor dos mais pobres.

O seu mais belo jardim floresce em seu coração amoroso, e as flores de rara beleza e de raro perfume são as crianças, como o signo do futuro; e ele sabe que o elo que une e desune todas as coisas é a mente universal, à qual exercita e vivifica dando-lhe novos modelos mais perfeitos, dentro dos cânones da justiça universal, pois sabe que ao pensar estará criando.

A seara onde o sábio cultiva os frutos mais raros e saborosos e também semeia as suas humildes sementes no seio da humanidade, é no espaço onde reverbera o som da sua palavra sábia, proferida com sabedoria; por isso com a sua voz alimenta de entusiasmo a quem o ouve e as suas falas relatam as obras dignas de servirem de exemplo.

Justo e profundamente agradecido, reconhece e celebra o terreno já plantado ao longo de muitas eras por outros mais sábios que ele. E as boas sementes outrora lançadas à terra por esses grandes sábios, hoje estão presentes nos frutos das grandes conquistas de espírito.

Por isso, os bons livros para o sábio são obras sagradas; e os seus nobres autores em todas as áreas do conhecimento os verdadeiros heróis a quem guarda o mais zeloso respeito.

Com eles aprendera as suas artes, e entre todas as artes a mais bela é a arte da paciência, por trazer em seu ventre escritas duas supremas legendas: paz e a ciência; e depois a arte do jogo do tempo, por tudo estar contido nele.

Sabe, entretanto, que o tempo não existe; e sabe também que nesta não existência reside a grande metáfora da vida, entre o ser e não o ser...

Caminha com passos firmes, porque fez da arte do desapego a leveza do seu movimento, pois ouviu dos antigos sábios: “quanto mais pesado fizer o mundo, mais o mundo pesará sobre ti”.

Compreende e tolera os mais intolerantes, porque reconhece neles a si mesmo no dia de ontem; e a sua intolerância de ontem pode muito bem estar agora com eles!

Faz da prudência a sua arte mais poderosa, e com ela se defende dos perigos reais ou imaginários; vigia os seus sentidos como quem guarda os seus inimigos, mas usufrui de todas as artes que dos sentidos emanam e a nada hostiliza, observando, entretanto, a boa moderação.

A coisa alguma distingue nas diferenças e a ninguém julga em nome do livre arbítrio universal.

E como ele é o sábio ama, pensa, trabalha e confia; mas prudentemente vigia as entradas de sua régia residência, porque a mantenha sempre de portas abertas.

Abraça amorosamente todas as coisas sem distinção, mas serenamente, em seu coração agasalha as crianças e sabe que a elas o falso terá de ser desviado.

Pensa com acuidade nos problemas metafísicos, reconhece os seus efeitos concretos, pois neles o mundo das formas e o divino se assentam.

Trabalha para o engrandecimento da inteligência, sem esperar recompensa e sem querer para si os frutos da sabedoria, porque sabe que lhe serão inúteis se a todos não servirem.

“Para que serviria a sabedoria, se por ignorância o homem escraviza outro homem, que sofre e se penaliza?” É esta a pergunta que freqüentemente o sábio a si mesmo faz.

Confia em si mesmo e em todos os homens, pois sabe por experiência que errar é a lição mais preciosa com a qual se solidifica a experiência.

Reconhece e respeita nos erros os benéficos dos obstáculos a serem vencidos, para que existam vitórias e vencedores.

Espera, e enquanto o faz ao seu pensamento exercita, porque isto dele espera o universo; sabe também que a forma mental que criar assim pelo mundo mental espalhar-se-á. Por isso, vigia os seus pensamentos.

Com eles aprendeu que o templo do sábio é o seu corpo, por isso deve ser muito bem zelado; e se o altar do sábio é a sua alma, deve mantê-la sempre límpida e transparente.

Já o templo maior do sábio é o próprio universo, e o seu altar coletivo rodeado das almas de todos os homens; e à guarda de todas as vidas concentra a sua luta.

Por isso deve unificar os seus esforços em orações, e não há oração superior ao trabalho. 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

EUGENIA...


ABALO SÍSMICO DA BORBOLETA

Ao ver duas pequenas borboletas amarelas flertando no meu jardim, lembrei-me da visita de um amigo, dias atrás. Um senhor circunspeto, muito sério, sentado a conversar comigo na frente da casa e com os pés onde inicia este mesmo jardim, ao ver uma desavisada lagarta subindo no seu sapato, pareceu-me, de repente, ter esse pacato senhor ter sido possuído por alguma força estranha que o fazia tremer e esbravejar como um louco.

Esse pacato senhor foi tomado por tamanha fúria, que sacudindo o pé tão freneticamente não parou enquanto a pobre lagarta não caiu no chão, sendo imediatamente pisada com tanta raiva, que até eu me senti um pouco esmagado com o seu sapato, nem tão lustroso assim, que a pobre lagarta viesse a manchar.

E agora, vendo as duas lindas borboletas voando graciosas pelo meu jardim, sou tomado por uma engraçada e estranha curiosidade, me perguntando por onde andará a outra borboleta, aquela que suponho tenha ficado viúva ou viúvo da lagarta furiosamente esmagada.

Mas o homem é mesmo assim. Gosta de borboletas, mas não gosta de lagartas. Gosta de dinheiro, muito dinheiro, mas combate o capitalismo.

Gosta de boas comidas, boas bebidas, fartura nos supermercados, mas não gosta dos produtores rurais e muitos nem sabem porque.

Gosta de conforto, de bons automóveis, bons aviões, como alguém bem conhecido que se tornou pela via do vio... desvio grande fortuna subtraída ao país, e seu filho até comprou um aviãozinho de 50 milhões de dólares, mas combate o grande empresário acusando-o de “zelite”, embora com os grandes tenha se associado para compor um forró de uma nota só, que sai cantarolando mundo afora lhe valendo títulos de Dr. no atacado, talvez por ter servido de trilha sonora ao romance filmado no bordel da republica, com a sua Rose.

Mas o homem não gosta mesmo é do outro, por no fundo não gostar de si mesmo; como poderia esse traste gostar de si mesmo? Por isso promove e se engaja em movimentos para salvar e resgatar não sabe a que, quando na verdade quer mesmo levar vantagem, em alguma coisa, ou vencer ao outro a quem considera sempre inimigo.

E o espelho mais revelador desse trágico quadro nacional está nos movimentos e manobras do partido governista e suas lutas demagógicas, bolsas  e cotas em nome do social.

Quer esconder a sua incapacidade administrativa e a sua fúria devastadora em desvios de dinheiro público, silenciando a imprensa, desmoralizando o Congresso e o Judiciário, esmagando quem pensa diferente e até na sua Eugenia, como dizia com humor um amigo meu, a continuarem cada vez mais cegos de raiva e soberbia desgovernados, chegará um dia em que só será permitida a gestação do feto que tiver a estrela do pt na testa.  Quem não tiver será sumariamente abortado.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

SERMÃO DO BOM LADRÃO



"Não são ladrões apenas os que cortam as bolsas.
Os ladrões que mais merecem este título são aqueles a quem os reis  (presidentes) encomendam os exércitos e as legiões, (congressos, câmaras, sindicatos, estatais) ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais, pela manha ou pela força, (mentira, corrupção, incompetência, distribuição de bolsas, destruição da escola, saúde com que) roubam e despojam os povos.
Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos, (almas esperança, futuro); os outros furtam correndo risco, estes furtam sem temor nem perigo (e em nome da lei e se a lei for contra criam outra a favor).
Os outros, se furtam, são enforcados (ou presos, cumprem mal ou bem penas);
Mas estes furtam, (corrompem, caluniam os outros, destroem a reputação de gente honrada, se apoderam das instituições públicas, instrumentalizam  o Estado, instituem o crime organizado) furtam e enforcam."

Padre António Vieira





terça-feira, 14 de maio de 2013

QUINTO IMPÉRIO

                                 A MAIS BELA ESTRELA DO ETERNO



Este é, Senhor, o Quinto Império. Em homenagem à inteligência humana atravessou oceanos, rompeu barreiras, quebrou dogmas, rasgou limites e chega agora, só agora, mas antes tarde do que nunca, e ainda bem que chega às portas da inteligência abstrata e aos ouvidos dos mais refinados ouvintes, que tiveram a rara sensibilidade de ouvir a voz que inspira e ver as naus singrando os mares.

Alguns já até ouvem no silêncio a voz que lhes segreda olhar ao alto e seguir em frente com os pés no chão, sem temor; e unindo culturas, sabores, amores sempre e jamais separar!

Estas canções que lhe dão voz artística e corpo musical nasceram em algum lugar de minha sensibilidade criativa, temperadas com o sal dos sete mares.
Graças também aos grandes mestres que ouvi ao longo do tempo, por isso agradeço reverente a esses gênios .

Agradeço especialmente aos amigos que participaram deste projeto fazendo os arranjos, QUE LHE DERAM VOZ, compuseram a arte gráfica, e até aqueles que criaram dificuldades desperdiçando o tempo, mas aumentando a garra e reforçando a vontade de continuar.

Agradeço igualmente a este publico gentil, a razão maior de a sua criação.

Esclareço também àqueles que de leve levantaram suspeitas quanto á originalidade da capa, e para dirimir dúvidas acompanha a talha intitulada “A Mais Bela Estrela do Eterno”, que serviu de modelo á criação da arte da capa do CD.

Com orgulho também confesso que esta é uma página simples, mesmo muito singela do Quinto Império Verdadeiro, do Profeta e Navegador de Sagres, do Poeta Iniciado e do Vieira Guardião da fé e senhor da medida canônica de nossa língua, e em nome dela não podemos deixar de elevar ao mais alto estado o nome de seu maio criador, Camões!

Mas também ao anônimo que me inspirou sem o saber e vai espalhando a arte da fala por aí.


De tal sorte até O SAL consumido pelos navegadores dos sete mares agradeço, pois temperou a arte de navegar que ao longe levou a MENSAGEM, e hoje os seus frutos correm nas ruas crianças, povoam os campos e as cidades desta Terra de Santa Cruz, onde o povo com seu o engenho e arte tanto a sublimou e abraça em seu corpo social com  sua alegria.