Diário de um naufragado. Ou os dois lados de
uma moeda universal.
Não valho nada! Sou um fracasso social, um
perdido no mundo da mente racional, um atrofiado psíquico, alguma coisa que
poderia ser outra.
Mal sei ler e escrever, eu não dirijo moto,
carro nem bicicleta. Aleijado dos membros físicos, vivo por viver num estado de
vegetar em espécie orgânica todos os sentidos.
De um dia para outro tudo pode mudar e muda
realmente, mas em doze anos de absoluta falta de luz, sem horizonte indicado
por um líder verdadeiro e honesto, sem referência jurídica, sem medida padrão
de respeito ao diferente, sem modelo moral e um simulacro de presidente, fraco
como sempre fui de vontade, mas ainda assim com esperança de um lenço de boa
sorte acenando, trágico e absolutamente sem lenço algum ainda que miserável
acenasse, mergulho no meu pessoal caos.
Meu caos é então um mini-charco, a exemplo do
charco nacional que os simulacros carrapatos mentais presidentes dentro e fora
em doze anos transformaram um país do futuro, num absoluto fracasso presente em
gigantesco pântano, e eu seu micro fracasso, sem estimulo e sem exemplo digno
de comemorar, ainda que o fizesse com um café.
Desgraçadamente sou um fracasso a servir de
micro modelo de um estado gigantesco e podre.
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