Ainda não havia lavrado o termo com os motivos do CD "Quinto Império", e nesta escritura simples confesso minha incapacidade de discorrer sobre o Mito, muito além de minha compreensão, de modo que este é só um rascunho da certidão de nascimento do CD.
Este
é, oh meu Senhor, o Quinto Império! Em homenagem à inteligência humana
atravessou oceanos, rompeu barreiras, superou dogmas, transpôs limites e chega
agora, só agora, mas antes tarde do que nunca! E ainda bem que chegando está já
às portas da inteligência abstrata e aos ouvidos mais refinados que
tiveram a rara sensibilidade de ouvir a voz que inspira enquanto podiam ver numa
tela saudosa a verdadeira história das naus singrando os mares, esta é a sua versão sonora.
Entretanto,
há alguns que já até ouvem no silêncio a voz que lhes segreda olhar ao alto para seguirem em frente com os pés no chão, sem temor! Mas sempre cuidando de unir culturas,
sabores, amores sempre “unir e jamais separar”!
Estas
canções, oh meu Senhor, apenas lhe dão voz artística enquanto corpo! Nasceram
por certo, pois já têm voz, e a sua origem estava desde há muito em algum lugar de minha memória
ancestral... Tendo talvez sido muito bem temperadas com o sal dos sete mares!
Graças
também aos grandes mestres que ouvi ao longo do tempo, a quem profundamente agradeço
reverente beijo seus pés.
Agradeço
igualmente a este publico gentil, a razão maior de a sua criação.
Esclareço
também àqueles que veladamente levantaram suspeitas quanto à originalidade da
capa e para dirimir as dúvidas, acompanha a talha intitulada “A Mais Bela
Estrela do Eterno”, que serviu de modelo à criação da arte do CD.
Com
orgulho também confesso que esta é uma página simples, mesmo muito singela do
Quinto Império Verdadeiro, do Profeta e Navegador de Sagres, do Poeta Iniciado Pessoa
e do Vieira Guardião da fé e senhor da medida canônica de nossa língua.
E
em nome dessa maviosa língua não podemos deixar de elevar ao mais alto estado metafísico
o nome de seu maior cantor, Luis Vaz de Camões!
Mas
também sou grato ao oculto ser que em mim em dupla presença inspirou e inspira sem eu saber ao certo quem dos dois eus é ou não é, reina e não reina, pois nunca sei quem manda em mim
interiormente, e enquanto isso eu vou espalhando a arte da fala por aí, sem me
importar muito quem dita as regras do jogo, pois no fim quem decide sou eu se calo ou...
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