domingo, 5 de maio de 2013

Os Quatro Homens: Ferro, Bronze, Prata e Ouro


Ao segundo homem, ainda o via trancado dentro de si!
Nenhuma porta se abrira; apenas meia janela aberta.
Possibilidades de receber o que entrasse pelas portas
E janelas, também este as possuía.
Mas lhe bastava meio aberta a sua pequena janela!
E pendurada ao pescoço uma medalha ostentava a sua crença
Este segundo homem, psíquico, seguia refém de seu fanatismo.
Pobre de ciência, para este homem não existia outra regra.
Tantas possibilidades, crenças, ciências,
Para ele não passavam de criações “diabólicas”.
E não entrariam por sua janela!
Fechado ao novo, este homem seguia rindo meio escondido,
Porque achava que era pecado rir, diante do povo!
E para este pobre o seu verbo era fechar!
E de tanto o conjugar fechou-se ao novo,
Não permitindo que nada entrasse, mas também votava!
Sua fé? Nem sua fé entrou!
Engoliu-a e foi devorado por ela,
Numa comoção de histerismo coletivo!
Este homem absolutamente intolerante com a fé alheia,
Ninguém sabe realmente o que quer, nem para onde vai!
Propaga e defende com unhas e dentes a sua crença,
Mas renega e tenta esmagar a todas as outras!
E assim o vi seguindo em frente com um livro debaixo do braço,
E a medalha pendurada ao pescoço!



Nenhum comentário:

Postar um comentário