Um Instante de Loucura... FAZ PARTE DA RÉCITA DO SHOW
QUINTO IMPÉRIO.
Venho de longe, só isto eu sei, de muito longe!
Por onde passo a natureza ri, e parece-me ouvi-la
dizer,
Que eu sou louco!
Mas, juristas pouco letrados viraram ministros,
Condenados pela justiça são membros do Parlamento,
Um simulacro beócio, Estadista.
Um decreto na mão e 70 reais no bolso, pronto! fim da
miséria!
E os miseráveis, que vagueiam pelo vale da fome?
E o fim dos analfabetos, só com um rabiscar o nome?
E o MEC? O seu bem amado ENEM? Nem um Nem dois,
Nem antes Nem depois, Nada, NINGUÉM!
Certo só infalivelmente amanhã a noticia de mais um
desvio,
mais um escândalo, mas não falam nada do jatinho particular,
com o
Mascate oficial, nem dos milhões de Euros, na mala diplomática!
Mais uma manobra suja e um cabaz de mentiras, cheio
até a boca?
Se isso não é verdade, eu estou realmente louco!
Mas tolo eu não sou! Não, nem tolo nem surdo nem cego!
Ainda na memória a esfinge silenciosa interroga:
Quem és tu? De onde vens? Para onde vais?
Ainda não sei o que responder!
Mas venho de longe, dos sete mares sou navegante,
E com a marca ancestral em meu ser, já fui guerreiro,
Já fui monge e consciente ainda
sinto o vento a bater no meu rosto,
Meus pés, feridos no pedregulho,
Ainda há mágoa, infelizmente ainda algum desgosto,
E às vezes, também o peso trágico de insano orgulho!
Mas, já o bom sonho insiste, e persiste até em plasmar
caminhos!
Sem fantasmas, inimigos de outrora, apesar de ainda,
alguns espinhos!
Mas não mais a aventura pelos mares nunca dantes
navegados.
Não, já todos foram desvendados, e cumpre estar aqui,
entre amigos,
E é melhor, cada um dentro de si, aí, muito bem
servido!
Já sem a triste sina do caminhar em vão, alienado,
Sem precisar fugir de si, e seguir por aí desordenado!
Sim, esteja cada um onde estiver é aí um porto seguro,
Onde seguro já se deveria viver em paz,
Por ser natural aos filhos do universo evoluir e viver
desse elixir!
Que é mantido simples, muito simples esse ato de
existir,
Apenas com o sopro do ar!
Esse vital sopro que de leve ao passar muito breve por
aqui,
Para desfrutar a dádiva de viver, basta apenas
respirar!
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