terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

SINARQUIA


Capitalismo x Comunismo
Aplicamos ao comunismo, o método crítico estabelecido pelo próprio Marx sobre a relatividade das ideologias, e observamos que este é um conjunto de fórmulas que tendo sido vivificantes, mas com o tempo se tornaram ultrapassadas pela evoluções dos fatos sociais e da tecnologia, cristalizando-se em preconceitos incômodos e retrógrados. Portanto, concluímos que, apesar de apresentar uma grande preocupação com a questão social, não está de acordo com o estado de consciência da humanidade e portanto, como pôde ser observado na prática, todas as tentativas de implantá-lo resultaram em fracasso. Apesar de apresentar muitas imperfeições, o regime capitalista é o que parece estar mais adequado ao estado de consciência do grosso da humanidade, dado a sua aplicação, e aceitação nas mais variadas culturas, nas mais diferentes regiões do planeta. Isto se deve ao fato, do homem, apresentar ainda na sua composição psicológica um alto grau de egoísmo. E como afirmava Joseph Caillaux, o regime capitalista "já evolui e evoluirá ainda mais. É aquele que não se compromete com fórmulas definitivas, pelo contrário a sua qualidade mais notável é uma extraordinária maleabilidade".
Como tudo na natureza evolui, e a evolução não se dá aos saltos, mas progressivamente, devemos trabalhar para dotar o capitalismo de instituições mais sociais que as aspiradas pelos socialistas, fazendo-o evoluir para uma oitava acima, criando dessa forma um novo regime, que utilize melhor o melhor do capitalismo e o melhor do comunismo. Não estamos propondo uma solução de meio termo e medíocre, mas o que qualificamos de síntese e que denominamos Humanismo Econômico. Trata-se portanto de fazê-lo evoluir de seu estado atual, primitivo e selvagem, para uma forma superior, mais espiritualizada, até chegarmos ao Humanismo Econômico.
Esse regime, objetiva combater o esforço secular dos Burqueses, em sua tentativa de separar o capital e o trabalho, e as relações perversa que daí advieram. Por um lado confinando os empregados a um papel mecânico, o que torna o trabalho um verdadeiro sacrifício, quando este deveria ser o gerador da auto-realização. E por outro lado tornando a maioria dos empresários completamente alienada à questão social, que cerca suas fábricas, suas empresas e sua moradia. Qualquer espírito sensato não poderá deixar de observar as perigosas conseqüências de um estado de coisas tão manifestadamente iníquo.
É só olharmos ao redor e vermos que guerras violentas são travadas no campo econômico, enquanto a produção industrial em massa vai esgotando os recursos naturais, os resultados de tal mundo econômico, e que como contrapeso ao desenvolvimento tecnológico, evita que a riqueza retirada da terra seja aplicada na melhoria do padrão de vida, e faz com que, hoje em dia, o desemprego e a fome seja epidemias que assolam as nações do globo.
Longe de serem forças opostas, o capital e o trabalho devem associar-se, na fraternidade e na liberdade, de forma a reconstruirmos a sociedade segundo uma base não competitiva, tendo como fim extirparmos o flagelo da pobreza.
O Humanismo Econômico é a forma de auxiliar o capitalismo a sair de sua fase infantil, dotando-o de idéias progressivas no sentido social, combatendo a especulação, a ditadura do poder econômico, dos bancos e dos grandes potentados financeiros, ao mesmo tempo que apoia a média, pequena e micro empresa como elementos geradores e distribuidores de riquezas. Visa a libertação econômica da população, atualmente escrava da ditadura do poder econômico, na sua desumanidade anárquica, que leva os países à ruína.
Tem como objetivo a vitória de todos os produtores, sejam eles patrões ou empregados, sobre os meios especulativos e de exploração, é o primeiro passo para a sociedade sem classes, gerando uma era de relações diretas entre as duas forças econômicas organizadas, os patrões e os empregados. Busca promover a evolução do capitalismo, sem fazer uso do marxismo, demostrando que para gerarmos condições sociais mais justas, não é necessário recorrer ao estado totalitário e autoritário.

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