quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

FIM DE UM CICLO


Hipócritas

Cala-te hipócrita! Respeita e guarda silencio em homenagem ao Senhor que ofendes, e sem respeito ao seu nome acorrentas alienados os teus irmãos, com as tuas mentiras! Irmãos? Talvez em espécie, mas não em essência nem por caridade, porque eles creem e tu mentes por uns míseros tostões!


Tostões, sim, dízimos e pedaços de pães somados reverter-se-ão em milhões, com os quais até castelos construís! De pedra, certamente de pedra e barro, e por isso ruirão, provavelmente soterrando-te entre os seus escombros!

Porque pedras e barro são tuas palavras com que apedrejais o Senhor, conspurcando-lhe a imagem e profanando o seu santo nome! E até ao livre arbítrio desse honesto boa-fé usurpais, negando-lhe esse princípio fundamental, que o recebeu como instrumento da sua evolução!

O direito universal à liberdade de pensar por ele mesmo sem temer o futuro nem o inferno com que o ameaçais, sim, pois infernal é o teu veneno chantagista, com que tomais o seu mísero tostão, em troca do falso paraíso!

Queres por todas as maneiras fazer vivas as palavras mortas, mas jamais obterás êxito; embora consigas desviar o pão da boca dos infelizes para os teus bolsos, jamais farás qualquer mentira tua verdadeira.

Hás de ir, por isso, ao lodo da consciência por longas décadas, hás de ir sim, mas até tu sairás de lá um dia; e se, sem te reconhecerem fores visto depois mendigo como tantos outros pelas ruas, muito mais evoluídos do que tu és agora, ainda que te reconheçam não te apedrejarão! Certamente bondosos, deles receberás esmolas como aos dízimos miseráveis que hoje tomais dos pobres, pois, ainda assim o Senhor te perdoará concedendo o mínimo...
Mas não deixarás de pagar o que deves! E ainda não te lembres desta vida, pela bondade da Lei, mas também ainda que não exista aquele a quem chamais demônio, será ele o teu algoz... Afinal, tu lhe deste a vida e ele vive dentro de ti!

Cala-te então hipócrita! Ah, mas não te calas, porque a ânsia pelo dinheiro torrou-te o juízo e não há o que trave a tua língua! Que pena, o falso poder cegou-te e cimentou também os teus ouvidos?


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