sábado, 5 de janeiro de 2013

AS ESTEPES DO ABANDONO



“A pior das rotinas é a rotina de inteligência”. Assim ensinou o Mestre. Como imaginar a rotina de quem não exercita a inteligência, porque não a tenha? A rotina de quem parou no tempo e não avança no mundo das idéias continua rotina comer em um dia caviar e no outro arroz requentado.

O interior permanece sólido, concreto e preso ao arcabouço do velho e passado conhecimento - estático em estado puro fossilizado - de um saber ultrapassado e no limite do que está ou estava escrito. Todavia repousa agora na prateleira mental da memória de um pequeno cálice de conhecimento, bebido na escola, se houve escola, misturado com mais algumas informações que o mundo ofereceu involuntariamente pelos diversos canais, talvez traços de algum sistema de crenças, e cheia tão completamente a cabeça desse homem transbordante, que é até meio temerário dizer que ali há pensamento!

Bem, se houve um dia - hipótese remota no sentido literal da reflexão – deve ter perdido as asas e não voa mais, submetendo ao sono a sua inteligência inata, que sem o devido e necessário exercício da cognição parou de evoluir, estacionando à porta da estalagem noturna, onde dorme o sono do néscio.

Pessoalmente até conheço alguém perfeitamente vestido a rigor com esta roupa, mas não visto este personagem com as suas credenciais na pessoa do singular, nem verdadeiramente pensei em qualquer cidadão conhecido, com rosto e nome, apelido e tal. Cito o estereotipo do ser que tagarela trafegando na contramão, sem identidade e sem imagem, mas reclamando voz ativa e encontrando quem lha dê! E de repente, por atração fatal somando milhões se juntam, para decidir o destino de uma nação. 

Quem quer que se veja descrito acima o fará por sua conta absolutamente, pois eu apenas confeccionei essa carapuça de palha, sem identidade e sem destino algum. Entretanto, compre-a quem gostar da cor e do modelo.

Pensar que Deus encarnado – o Avatara – o Sábio e o Profeta feitos à imagem e semelhança do Criador são: corpo, alma e espírito; regidos por três sistemas nervosos; movimentados por três canais que romanticamente os ocultistas chamam de a lira das três cordas, por onde fluem três qualidades de energia ao longo da coluna vertebral para alimentá-los, nos três mundos e a esse dorminhoco néscio também...

Se pudéssemos atribuir ao Criador afeições e atributos humanos, poderíamos pensar que Ele indagasse para si mesmo: “onde foi que eu errei?” Mas o livre arbítrio, as condições impostas pelo meio e a regência ao longo da história humana do egoísmo, e do mais forte, trouxe-nos até este estado. E a vinda do Avatara, do Sábio, do Profeta e dos Manus de todas as linhas, tem como fim desbravar essas florestas negras da ignorância e unir todos pela consciência... com ciência.     

Bem, espero ter contribuído de alguma forma para revelar esse homem magnífico que insiste em brincar de juntar, de crescer por fora, às vezes passando por cima do outro e não percebe que a vida é tão gratificante quanto o orvalho da manhã, para os lírios do campo. Vou agora prosear um pouco noutras bandas, mas de qualquer forma por ambas as bandas... Desculpai-me quem se identifique com o lado menos luminoso do ser, aí levado por minha palavras, mas fique bem! Essa visita é necessária e até o Planetário que vem como Avatara tem as duas faces, ora senhor do báculo, ora da espada.   

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