quarta-feira, 6 de junho de 2012

Texto para Teatro


Após breve, mas profundo silêncio as luzes apagadas
Acendem-se, e a Magistrada Sofia de pé, com a voz forte e
Serenada profere:

Ato Sexto

Mas eis que de pé, este quarto homem não passava!
Estranhamente, este homem não passava!
Parecia esperar ao mesmo tempo em que parecia correr!
O seu olhar respirava e revelava tantas portas e janelas se abrindo, 
Que no ritmo que se movia mais e mais possibilidades e novas descobertas revelava!
Mas, pacificamente, este homem fitava o horizonte
Onde se refletiam como numa imensa tela todas as crenças e a todas as fés ele celebrava.
A todas as ciências ele respeitava; e a todas as histórias ele as ouvia!
A cada palavra prestava atenção, e a todos os seres falantes
Ele observava e prestava sentido.
Porém muito simples, descalço e pobre de moedas,
Era este homem muito rico de espírito!
Rodeava-se de inteligências luminosas
Às quais chamava Mônadas! Quereis saber o que são Mônadas?
São as consciências humanas brilhantes, os Adeptos!
São as estrelas humanas de pensamento iluminado,
Que mais se aproximaram do Mônada Universal,
Mas ainda não completas nem acabadas para o todo!
Adiantadas perante outras e entre si, sim, talvez,
Mas ainda muito longe do homem universal!
Estas Estrelas são porém muito simples,
E o segredo que lhes provê a energia é o movimento
Perene de um incessante caminhar!
Estas Mônadas, às quais se consagram portas e janelas,
Olhos, ouvidos etc. a este Quarto Homem vieram juntar-se
Em pontos estratégicos do Planeta Terra.
E bem aqui onde somos hóspedes e naturais filhos,
Enquanto gente, tal como somos
Enquanto há vida e a respiramos!
“Quem seria este magnífico Homem?”
Alguém da platéia pergunta! E Sofia responde:
É um dos imortais reconhecido por poucos!
E quando finalmente um deles é reconhecido por muitos,
Já passou por nós há muito tempo e nem o vimos!
Talvez para confirmar e dar testemunho àquele que disse
E desde sempre se tem repetido:
“Ele já veio e vós não o reconhecestes!”
Novamente alguém da platéia pergunta
E quem não foi reconhecido?
E a magistrada Sofia finalizando responde:
Poderia ser o Cristo! Poderia ser o Buda!Poderia ser o Encoberto,
O Senhor do Universo... O Mestre, o Monarca Universal
E poderia ser até o SOL!
Mas para quem dorme o dia inteiro
Ao acordar, hum! ao acordar
Descendo atrás do horizonte já o Sol terá ido embora!

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