quinta-feira, 26 de abril de 2012

EGO


EGO

Eu sou enquanto homem uma tríade, segunda a Teosofia ou a Eubiose. E um quarteto, enquanto terreno personalidade de uma formação setenária, para ficar afinado com o “Deus o fez à sua imagem e semelhança”.
E para sobreviver mais ou menos em paz vou também de máscara, que tenho de pintar com as cores que as outras máscaras possam identificar-me por analogia simples, que lembre semelhança com os registros mentais de quem me olha e interage comigo.
Mas eu não sou esse, claro! E o que as outras pessoas reconheçam em mim, não é sequer sombra do meu eu verdadeiro.
Pessoalmente nem sombra sou daquele que elas imaginam que eu seja, nem elas sombra do que eu imagino delas.
            Diante desta porta intransponível, porque tanta gente insiste nessa impossível missão preconceituosa de decifrar e rotular os outros, se todos são invioláveis em suas individualidades?
            Quando nem eu próprio desconfio de longe o que de fato eu seja, como alguém se atreve a revelar-me desta ou daquela natureza, com estas ou aquelas qualidades ou defeitos?
           Exceto as virtudes naturais, caráter honra e em raríssimos seres talento pessoal nas diversas áreas do conhecimento que o materializam e saltam aos olhos, o que mais se pode falar de alguém?
            Deverá ser este estado virtuoso comum a todas as pessoas no futuro, ainda muito longe deste momento e palco, onde as pessoas de agora continuam sua marcha fúnebre, vivendo a ilusão coletiva de que existe algo de novo debaixo do sol”?
continua...

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