quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Reflexões.


Mas eu, o que sou?
Conglomerado de bactérias, células, órgãos, sistemas
e uma pele externa, que mantém tudo dentro aquecido,
numa pequena lagoa de água morna, onde vivem espécies...

O ego, que é o senhor de si mesmo, que no caso sou eu,
por isso é que vou ciente dos limites do tempo,
consciente de quanto já do meu passou, mas os feitos nem são tantos!
A verdade é que pensei muito, revirei pensamentos
e sensações voluntárias e involuntárias de pernas para o alto,
medi e meço constantemente o meu pulsar geral...

Posso mesmo afirmar que nesse verdadeiro pântano biológico,
Onde está o suporte á vida física, é que surge a ideia de mim,
independente, senciente e pensador.

Às vezes reflexivo, mas certo de que tenho seguramente
uma natureza emocional e outra mental,
que embora opostas interagem entre si e fazem por mim
o que eu julgo ser o meu eixo.

Eixo que determina o meu andar, em duas pernas, que determina
meu equilíbrio psíquico, reconhecendo no meu espelho
o outro, sem o qual o mundo concreto e abstrato
seria no mínimo confuso.

Pois o animal político faz, sim, de espelho o homem, mas,
como eu a poucos homens ande vendo, meu espelho estendeu-se
ao Cosmo.

Levando ao pé da letra o significado Cosmo: Ordem Universal,
Caos, ao contrario: desordem, trevas e mau entendimento, mas
às vezes também necessário para reordenar, transformar, recomeçar...
E desses infinitos infinitivos desvendar o homem
é o que cada homem tem a fazer, começando por si mesmo,
tanto na Ordem quanto no Caos...

E um eixo e naturalmente umas base sólida, de conhecimento,
amplo horizonte e despidos de reservas,
sem a responsabilidades de saber, porém seguros de que as bases nas quais fundamentamos a ideia de nós, são as mais duradouras...

Sim, pois, que uma ideia frágil desaparece de um momento para outro,
e portanto o tempo sem existir cumpre o milagre de certificar
e fornecer conceitos de nossas "verdades", ainda que todas passageiras...

E o que não é passageiro é Eterno, mas nesse caso só o Eterno é.
Então a partir deste meu pequeno lago envolvido por uma bolsa de pele
para onde convergem energias, universais, animais, vitais, sensitivas e mentais
poderosíssimas, após bilhões de anos de experiência no laboratório
do Espírito Santo nesse Cosmo, chegamos até aqui como Uma Unidade,
ainda na ilusão de que individualmente somos uma lagoa
que se transformou numa praia exclusiva, que requer Bilhões de Dólares
para a sua manutenção...

Por regra, em tempos modernos, desviados
dos cofres públicos, numa demonstração de extrema pobreza espiritual,
como recém relatava a Revista Forbesa fortuna de um ex presidente proletário,
com mais de 2 bilhões de Dólares em torno de sua ilha,
por sinal ora acometida por uma revolta celular, terrível,
localizada próximo ao pomos que se transformou em Discórdia
quando deveria ser de Concórdia.

2 comentários:

  1. Cùm carago pá !!!
    Não tens mais nada para fazer ?

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  2. Não! Gostaria de escrever sonetos, mas todos os sonetos do mundo já os fizeram Camões, Pessoa, Florbela e um ou outro... e uns ou outros que um ou outro acerta meio sem querer. rsrssr

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