sexta-feira, 11 de março de 2011

A Escada

A Escada...
Ao longe o último barco desaparece, no horizonte.
E ao meu cansaço assola a falta do bem, que jorra na fonte.
Água fresca líquida e abstrata, não desce do céu nem do monte.
Mas não há, nem com essas faltas ao quadrado, motivos para chorar.
É que o poeta se alimenta de tédio e desassossego, senão não seria poeta.
Mas profundas e altas portas se erguem, horizontes além tempo sem espaço se abrem.
Conquanto não se alongue por demais, esta prosa, que ficaria muito verso, do lado de fora.

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